Proficiência em inglês é o termo utilizado para verificar a aptidão de um falante não-nativo em se comunicar no idioma estadunidense. Mas, você sabe como a proficiência pode ser medida? E quais são os níveis de progresso considerados internacionalmente até que o aluno se torne de fato fluente? Se você ainda não tem tais respostas, fique tranquilo(a), pois consultamos os especialistas da Red Balloon e vamos esclarecer tudo isso e muito mais no decorrer deste guia.
Para iniciar o tema, vale destacar que a principal ferramenta de mensuração da proficiência em inglês é o Quadro Comum Europeu de Referência, também conhecido pela sigla CEFRL (Common European Framework of Reference for Languages). E, embora este seja um padrão europeu — como o próprio nome sugere —, diversos países fora do "Velho Mundo" também o utilizam, tornando o CEFRL o método internacionalmente mais aceito para avaliar o nível de compreensão em um idioma.
Por este motivo, logo abaixo explicaremos melhor como funciona o Quadro Comum Europeu, os diferentes níveis de fluência e como um aluno brasileiro pode medir sua proficiência em inglês. Então, continue a leitura para saber mais!
É importante deixar claro que o Quadro Comum Europeu de Referência não é um teste de proficiência em inglês, mas sim uma divisão em níveis que categoriza o quão bem uma pessoa se comunica na língua em questão. Portanto, cada nível exige diferentes habilidades, que por sua vez podem ser identificadas por meio dos testes — que também falaremos a respeito aqui neste manual.
Deste modo, o CEFRL é aplicado tanto como um método avaliativo para fins de aprovação em cursos e vagas profissionais, por exemplo, quanto para a elaboração de um plano de aulas mais completo e eficiente. Isso quer dizer que as escolas de idioma podem e devem utilizar o Quadro Comum Europeu para definir qual é o estágio de proficiência em inglês do aluno e, assim, localizar a turma mais adequada para o seu desenvolvimento.
Vale frisar ainda que apesar de ter sido oficializado há 30 anos pelo Conselho Europeu, o CEFRL continua sendo um modelo superatual, reconhecido mundialmente e de muita credibilidade. Por isso é tão importante segui-lo durante o ensino de um novo idioma para acompanhar e garantir o aprendizado em cada etapa do curso, ok?
Como mencionamos acima, o CEFRL é dividido em níveis — sendo eles A, B e C —, além de mais duas subdivisões dentro de cada um letra, totalizando seis estágios. Encontrar qual a sua colocação dentro destas categorias é um passo muito importante para quem quer alcançar a total proficiência em inglês, já que cada uma deve trazer diferentes habilidades e orientar quais as próximas competências a serem trabalhadas.
E, para você que ficou curioso(a) de conhecer os níveis de proficiência do CEFRL e descobrir quais habilidades são requeridas em cada um, nós elencamos essas informações detalhadamente a seguir:
O primeiro nível do CEFRL é o A1 ou Usuário Básico Iniciante. Para ser considerado dentro deste nível é necessário compreender e falar frases básicas do dia a dia, saber se apresentar, além de conseguir perguntar e responder questões de cunho pessoal, como o local de nascimento, atual endereço, ocupação e pessoas com quem vive.
Aqui a interação ainda é limitada e a cooperação do interlocutor é peça fundamental para que a comunicação ocorra de maneira efetiva. Desse modo, o discurso tende a ser mais lento, objetivo e utilizar somente palavras simples e populares, uma vez que o vocabulário do estudante é muito restrito.
No segundo nível do CEFRL, o A2 ou Usuário Básico, é preciso dispor das habilidades anteriores e uma compreensão maior de frases isoladas utilizadas em um contexto imediato. Ou seja, questões provenientes das perguntas e respostas de cunho pessoal precisam ser entendidas e replicadas com facilidade.
Neste nível o diálogo ainda pode ser mais lento, porém a capacidade de descrever situações, locais e pessoas — além de conseguir se comunicar com mais exatidão em tarefas rotineiras e com assuntos familiares — são o diferencial. A conversa precisa ser clara, direta e as informações ainda se restringem às de caráter simples e populares, como o senso comum.
No terceiro nível, o B1 ou Usuário Intermediário Independente, a proficiência em inglês já está um pouco mais avançada e permite que o falante se comunique em praticamente todas as situações rotineiras do contexto ao qual está inserido, como no ambiente de trabalho, em casa e em ambientes de lazer.
A partir do B1 o discurso tende a ser mais fluido e coerente, além das frases mais completas e ricas em informações que agregam para a continuidade do diálogo com o interlocutor. A capacidade de descrever seu raciocínio começa a ficar mais complexa, bem como a capacidade de justificar suas respostas e motivações para determinadas ações e comportamentos.
No B2 — quarto nível da proficiência em inglês pelo CEFRL que também é chamado de Usuário Independente — o falante passa a ter maior aptidão para textos e assuntos técnicos, geralmente especificado dentro da sua área de trabalho. Além disso, a habilidade de conversar sobre diversos temas diferentes também é desejada.
Aqui as conversas com nativos do idioma já acontecem de maneira mais leve e natural, em ritmos muito mais ágeis e com uma compreensão satisfatória de ambas as partes. Por isso, para entrar em tal categoria, a capacidade de se expressar de forma coerente e espontânea é essencial e, por conseguinte, os assuntos mais subjetivos e detalhados já começam a ser incluídos.
Já no quinto nível — C1 ou Proficiência Eficaz — espera-se que o falante tenha uma compreensão textual bem avançada, que o permita consumir qualquer tipo de texto longo e com um vocabulário mais rebuscado e técnico. Essa leitura acontece de maneira fluida, embora vez ou outra seja ainda necessário consultar o significado de alguma palavra.
Além disso, o falante com proficiência em inglês neste estágio deve dispor de um amplo conhecimento de expressões da língua coloquial e formal. Afinal, essa habilidade possibilita uma flexibilidade maior na hora de formar frases em diversos assuntos e promove uma adaptação melhor ao conversar com diferentes personalidades, como o chefe, um colega de trabalho ou um amigo pessoal, por exemplo.
Por fim, o falante do nível C2, conhecido como Domínio Pleno, alcançou a completa proficiência em inglês, entendendo sem esforço tudo o que lê e escuta. Até mesmo as definições mais complexas e que causam confusão para os estágios anteriores, neste nível é fácil da pessoa distinguir, seja na comunicação oral ou na escrita.
A forma de se expressar deve ser completamente fluente, de modo que não cause nenhum prejuízo à convivência e aos relacionamentos com cidadãos nativos da língua ou nativos de um terceiro idioma, mas falantes de inglês. Assim, a compreensão avançada, associada a um vasto conhecimento da língua, viabilizam uma ótima habilidade para argumentar, narrar e ministrar um conteúdo para outros indivíduos.
Para certificar a proficiência de inglês dentro dos padrões do CEFRL, é necessário participar de um ou mais exames que sejam reconhecidos internacionalmente — e, principalmente, pela instituição ou empresa na qual você deseja se candidatar para uma vaga. Afinal, essa certificação é a principal forma de garantir que o candidato está apto para se comunicar e se relacionar com a sua comunidade na língua inglesa.
Para entender melhor como funcionam os exames de proficiência em inglês, selecionamos os 4 mais importantes e explicamos o conceito de cada um abaixo:
O IELTS — International English Language Testing System é uma certificação de proficiência em inglês aceita 140 países. Criado pela Universidade de Cambridge e hoje administrado pela British Council, sua pontuação vai de 0 a 9 e é recomendado que o teste tenha sido feito há, no máximo, dois anos antes de ser aplicado para a vaga desejada — porém não é uma validade obrigatória.
Já o TOEFL — Test of English as a Foreign Language é um dos exames de proficiência em inglês mais solicitados pelas instituições norte-americanas e canadenses. Esta certificação de proficiência tem validade de dois anos e é administrada pela ETS, a renomada organização de testes e avaliações educacionais. Cada prova pode marcar até 30 pontos, sendo a pontuação total máxima de 120 pontos.
Também administrado pela ETS, o TOEIC — Test of English for International Communication é um teste de proficiência em inglês mais direcionada para o mercado de trabalho, sendo reconhecido em 150 países e aceito em mais de 14 mil empresas. Esse exame não possui uma validade, mas a recomendação é utilizá-lo por, no máximo, dois anos após sua realização. A pontuação total varia de 10 a 990 pontos.
O Cambridge English é um dos exames de proficiência em inglês mais importantes da Europa e aproxima o candidato de situações vivenciadas na vida real — por isso sua validade é praticamente mundial. Neste teste, o candidato pode escolher qual nível do idioma deseja testar: B2, C1 ou C2, seguindo os padrões do CEFRL. Sua validade também não é definida, mas segue a mesma regra dos dois anos para a utilização do certificado.
Antes de mais nada, é fundamental frisar a importância de ter uma boa instituição de ensino ao seu lado para dar todo suporte e orientação na fase preparatório do exame de proficiência em inglês. A Red Balloon, por exemplo, acumula mais de 90% de aprovação nos testes Cambridge, tudo isso graças a uma metodologia personalizada e eficaz que acompanha o aprendizado dos alunos dos 03 aos 17 anos de idade.
Além disso, é necessário consultar o período de inscrições para o exame de sua escolha, incluindo as datas e locais disponíveis para efetuar as provas. Todos os testes são pagos e possuem restrições quanto ao período para uma nova tentativa em caso de reprovação — logo, se preparar com bastante antecedência é a chave do sucesso.
Com este guia deu para aprender direitinho como é medida a fluência em um idioma pelos padrões do Quadro Comum Europeu de Referência e ainda conferir quais são os exames mais importantes para testar a proficiência em inglês, certo? Agora, com essas informações em mãos, é só checar qual o teste mais adequado para a sua necessidade ou dos seus filhos e começar os estudos preparatórios!
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